A Região vinícola do Douro é uma das mais antigas da Europa, e está classificado pela UNESCO como patrimônio cultural da humanidade. Além disso, produz vinhos há mais de 2.000 anos e é famosa pela produção do apreciadíssimo vinho do porto.
Entretanto, somente em 1982 é que a região ganhou a DOC Douro, o que regulamentou a produção de vinhos brancos e tintos. Apesar da regulamentação tardia a região já havia sido oficializada em 1756, momento que foi definido limites de produção como também cadastrou produtores e identificou parcelas de vinhedos.
A região do Douro está localizada a nordeste de Portugal, onde faz fronteira com a Espanha. O rio Douro, por sua vez, corta a região, com seus 897 quilômetros de extensão, sendo 213 em território português.
Além disso, a Região do Douro possui 250 mil hectares de área produtiva dos quais 47 mil são dedicados a viticultura. Por outro lado, das quase 300 variedades de uvas autóctones de Portugal 100 delas são cultivadas na Região do Douro.
A combinação de clima, temperatura e solo que formam o terroir são fatores relevantes que determinam a qualidade das vinhas e consequentemente dos vinhos produzidos na Região do Douro. Assim como é em toda e qualquer região vinífera existente.
Na Região do Douro o clima é ameno, com uma variação de temperatura média anual entre 11,8 Cº e 16,5 Cº, o que é ideal para o cultivo de inúmeras variedades de uvas.
A composição do solo é basicamente xisto, perfeito para o plantio das reputadas castas Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Cão e Tinta Barroca. Os vinhos tintos Douro são encorpados, robustos e com potencial de guarda.
Contudo, as circunstancias do clima seco e o solo xistoso, que absorve e retém o calor, são determinantes para a intensidade dos vinhos.
Os vinhos Tintos, produzidos na Região do Douro, são extremamente encorpados e longevos. Os vinhos jovens do Douro apresentam cor rubi e aromas de frutas vermelhas com notas florais e madeira. Contudo, em boca se mostram aveludados e ricos.
Por outro lado, os vinhos de guarda tem cor profunda, além de complexos e muito aromáticos. Ao evoluir com o passar dos anos ficam mais macios e delicados.
As principais uvas tintas em destaque na Região vinícola do Douro são: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Tinta Roriz e Tinta Cão e Tinta Amarela.
Quando o assunto é vinho branco o prestígio do Douro é irrefutável, pois, produz exemplares espetaculares, tido como os melhores vinhos de Portugal.
Assim os vinhos brancos da Região do Douro são frescos, equilibrados e aromáticos com presença de citrinos. Quando estagiados em madeira revelam coloração dourada, aromas tostados e de frutas tropicais.
Entre as castas brancas que destacam estão: a Golveio, Malvasia Fina, Moscatel, Rabigato e Viosinho.
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A Região do Douro possui mais de 250 mil hectares de vinhedos. Contudo, essa importante região vitivinícola, está dividida em três sub-regiões que são: o Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior.
A sub-região do Baixo Corgo está localizada mais a oeste do Douro, e compreende desde Barqueiros até ao rio Corgo. O Baixo Corgo é a sub-região do Douro com o menor território. Mas apesar disso, quase 30% da área produtiva é reservada para o cultivo de vinhas.
Contudo, é a que apresenta uma porcentagem maior de vinhas plantadas, em relação as outras duas as demais sub-regiões. São 14.000 hectares de vinhedos, distribuídos entre 16.000 produtores. Assim sendo, os produtores contam com poucos hectares para cada um.
O Baixo Corgo foi o berço da viticultura na região do Douro e hoje conta com uma elevada produção de vinhos do Porto.
O clima é ameno e a pluviosidade maior que as demais sub-regiões do Douro. O clima de influência marítima, permite solos mais férteis e elevada produção.
O Baixo Corgo, sub-região do Douro, produz vinhos do Porto mais jovens. Entretanto, apesar da tradição do vinho do Porto, o Baixo Corgo, hoje, tem revelado excelente qualidade na produção de vinhos de mesa devido as características climáticas.
Os vinhos são geralmente mais jovens e frescos apresentando igualmente um carácter frutado.
A variedade de uvas cultivadas no Baixo Corgo são idênticas nas três sub-regiões. Entre as tintas destacam-se: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Tinta Roriz e Tinta Cão; enquanto que, entre as uvas brancas se destacam a Malvasia fina, gouveio, rabigato e viosinho.
A Sub-região de Cima Corgo apoia-se no Baixo Corgo e estende-se para oeste do Douro até Cachão de Valeira albergando o concelho de Alijó, do distrito de Vila Real; os concelhos de São João de Pesqueira e Tabuaço, pertencentes ao distrito de Viseu; e Vila Nova de Foz Coa, do distrito de Guarda.
As encostas do Cima Corgo apresentam um relevo acidentado e os vales dos rios tornam-se profundos com formações geológicas xistosas. Desta forma, as características apresentadas tornam as condições do solo agrestes e rudes.
A influência do Mediterrâneo faz o clima ser mais seco, e a precipitação pluviométrica regular ao longo do ano. No entanto, os meses de julho e agosto são os mais chuvosos, podem atingir 6.9 mm. A temperatura média anual varia entre 11.8 e 16.5 Cº.
Este conjunto de características, consequentemente influenciam diretamente na produção, tendo uma área vinhateira diminuta, onde a vinha armada em socalcos é a forma de plantio mais usada. Assim, as produções unitárias são pequenas, mas geralmente de alta qualidade, sendo o Cima Corgo o berço dos grandes “Tawnies” e “Vintages”
Esta sub-região, é banhada pelo Rio Douro e faz parte do chamado Douro Vinhateiro, produz vinho há mais de 2000 anos, entre os quais, o mundialmente célebre vinho do Porto.
A diversidade de estilos de vinhos no Douro Superior é grande. Vinhos de aromas e sabores intensos, opulentos e frescos são característicos daqui.
Sub-região de clima continental, caracterizado pelo calor do dia e pelo frescor das noites, que deixam a vinha descansar. Certamente, desta forma dão o ponto perfeito da fruta, preservando assim sua acidez. Outra vantagem é que esse clima favorece a adaptação para a viticultura orgânica e biodinâmica.
O solo é predominante xistoso, no entanto, encontra-se também granito e até mesmo manchas de calcário. Assim, a mistura de solos ajuda a conferir frescor e mineralidade aos vinhos, em particular os brancos.
Entretanto, a sub-região do Douro Superior tem capacidade de surpreender o apreciador com vinhos brancos elegantes, minerais, com baixo nível de álcool e extraordinário frescor.
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