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O Vinho e a Rolha

o vinho e as rolhas

Hoje existem, No Mercado, vários materiais disponíveis para vedar as garrafas de vinho. Entretanto, em outros tempos, a cera de abelha e a cortiça eram as alternativas encontradas. A vedação adequada assegura a qualidade da bebida.

O vinho e  a rolha vivem uma relação antiga. Mas antes de falar sobre esse assunto, é importante lembrar   que são várias as etapas que a uva precisa passar até que se transforme em vinho e esteja pronto para ser apreciado.

Imagine o trabalho do viticultor…  Prepara o vinhedo, e esse retribui com a expressão máxima das qualidades e características de cada variedade de uva, as quais lhe são intrínsecas.

Por outro lado, a expertise do enólogo na vinificação é de suma importância. Pois o cuidado com a uva desde a colheita, o transporte e recebimento  na cantina, a prensagem, a fermentação, o armazenamento e o engarrafamento. Essas etapas quando bem geridas contribuem para a qualidade final da bebida.

Contudo, as garrafas de vinho necessitam uma vedação confiável,  para que possam ser armazenadas com segurança.  Desta forma,  a qualidade da bebida será preservada, por um bom tempo.

Hoje existem, no mercado, vários materiais disponíveis para vedar as garrafas de vinho. Entretanto, em outros temos, a cera de abelha e a cortiça eram as alternativas encontradas. A vedação adequada da garrafa assegura a qualidade da bebida. 

Para vedar as garrafas de vinho, o produtor tem disponível alguma formas, que pode ser: a rolha de cortiça, rolha reciclada, rolha sintética, tampa de vidro e a screw cap (tampa de rosca). No entanto, em outros tempos, a cera de abelha e a cortiça eram as alternativas conhecidas.

Entretanto, a vedação adequada que assegura a qualidade da bebida ainda é a rolha de cortiça. Isso se deve ao fato de que a cortiça é porosa, e ao ficar em contato com o liquido, no caso o vinho, ela se expande fechando hermeticamente a boca da garrafa evitando assim que o oxigênio e/ou fungos adentre o recipiente vindo a prejudicar a estabilidade da bebida.

um pouco de história

Então, voltemos um pouco no tempo…

Evidências arqueológicas  de 1.500 a.C, indicam os cananeus como responsáveis por desenvolver a “ânfora”. Recipiente feito de barro, que na época, eram armazenados os vinhos e também outros produtos como azeite, água.

As ânforas, contendo vinho, eram vedadas com cera de abelha e enterradas. E por meses o vinho fermentava, sem que houvesse intervenção humana.

Entretanto, através de escavações arqueológicas feitas na antiga Fenícia, foram encontradas ânforas, com vestígios de vinho vedadas com rolha de cortiça. Também, no mesmo local, mais precisamente em Herculano e Pompéia, peças que faziam uso da mesma técnica de vedação, foram catalogadas .

As ânforas foram usadas durante séculos, como forma de armazenamento, até quase a Idade Média. Mas foi só a partir de meados do ano 1.600 d.C, é que os romanos começaram a fabricar garrafas de vidro mais resistentes.

O uso da rolha de cortiça, como padrão para vedar garrafas,  é atribuído a Don Perignon monge francês que viveu no séc. XVII. Ele, também,  ele é apontado como responsável pela invenção  do vinho espumante.

Desde então, a garrafa e a rolha formam pares inseparáveis, tornando-a o principal instrumento para vedação da garrafa e assim garantir armazenamento seguro do vinho. Como se tivessem nascido um para o outro.

Desta forma, com uma boa vedação, a qualidade do vinho fica preservada, livre de oxidação e/ou contaminação. 

rolha de cortiça protege o vinho

 A rolha de cortiça é um material orgânico e poroso.  Quando entra em contato com o vinho, ela se expande apertando-se contra as paredes do bico da garrafa. Fechando-a hermeticamente. Desta forma, a rolha de cortiça protege o vinho do contato com o oxigênio e da ação de fungos. 

Sabendo isso, vamos falar um pouco sobre o Sobreiro. É ele que nos fornece a cortiça, tão importante para que o vinho tenha uma vida saudável. Além disso, é matéria prima para fabricação de barricas. E mais, seu fruto alimenta as varas de porco preto do Alentejo.

Ao contrário do que muitos consumidores pensam, a cortiça não está em risco de extinção, de forma alguma. Pois o montado de sobro sofre um processo controlado de manejo. Esta prática de extração, contribui para regeneração do Sobreiro. 

Assim, a indústria da cortiça mantém de pé as florestas de sobreiros, que são vitais para as populações que dependem delas. Contudo, portugal tem a maior área mundial de montado de sobro, e estima-se que a cortiça explorável seja capaz de abastecer o mercado pelos próximos 100 anos.

formas alternativas para vedação das garrafas

Hoje existem formas alternativas para vedação das garrafas de vinho. São as rolhas de grão de cortiça, as sintéticas, as tampas de vidro e as screw cap. Estes materiais alternativos dividem espaço com as rolhas de cortiça, e são geralmente usados a fim de reduzir custos.

Diante destas opções disponíveis para vedação das garrafas de vinho, fazemos agora uma análise do uso e os benefícios de cada uma:

A rolha de cortiça é forma mais eficiente para vedar as garrafas de vinhos. Comparado os materiais alternativos. Apesar de que, a rolha de cortiça ter um no custo mais alto, para o produtor. 

Contudo, esse material é  importante para manter a qualidade dos vinhos de guarda. Que precisam envelhecer em garrafa por alguns anos para que evoluam a contento.

Pois, como já foi dito, rolha de cortiça é um material orgânico e poroso. Assim sendo, ela absorve o vinho e se expande, garantindo o fechamento hermético da garrafa. Com os materiais alternativos essa expansão não ocorre. Por isso, não garantem a vedação adequada das garrafas. Deste modo, seu uso fica restrito a vinhos para consumo rápido, e que não necessitam envelhecer.

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