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Uvas Da Espanha

Vinhos icônicos são produzidos nas mais de 60 regiões produtoras do país. Nessas regiões da Espanha é que surgiram uvas emblemáticas, classificação de rótulos e importantes formas de vinificação, aplicadas por inúmeros produtores mundo afora.

Antes de falarmos sobre as Uvas Viníferas Da Espanha, é importante destacar o terroir característico e a tradição na produção de vinhos no país ibérico.

É apropriado afirmar que esse conjunto de fatores, que compõe o terroir, é o que define as características próprias das uvas viníferas da Espanha. Da mesma forma, assim é para todas outras uvas viníferas de qualquer região do mundo.

Vinhos icônicos são produzidos nas mais de 60 regiões produtoras do país. Nessas regiões da Espanha é que surgiram uvas emblemáticas, classificação de rótulos e importantes formas de vinificação, aplicadas por inúmeros produtores mundo afora.

A Espanha, hoje, detém o título de terceiro produtor mundial de vinhos, com uma produção anual de, nada menos que, quatro bilhões de litros da bebida.

Na península ibéria as videiras são cultivadas desde, pelo menos, 3.000 a.C. Entretanto, registra-se que, na Espanha, a produção de vinhos não começou antes do ano 1.000 a.C.

Dada a importância vitivinícola espanhola na “arte do vinho”, através da tradição e dos vinhos magníficos produzidos ali, este conteúdo foi desenvolvido a fim de levar você a uma jornada de conhecimento.

Através deste estudo, você vai conhecer melhor as mais importantes variedades de uvas viníferas produzidas nas regiões vitivinícolas espanholas, e o que tornam esses vinhos tão especiais.

Airen

É possível que poucos apreciadores de vinhos conheçam a uva Ain.

No entanto, esta variedade, é amplamente cultivada na Espanha, e ocupa um terço do cultivo de vinhas brancas do país.

E também, é a mais utilizada para fazer vinhos brancos de La Mancha ou brandies, sendo uma das cepas mais antigas da Espanha.

A Airén, também é conhecida, em outras regiões por nomenclaturas diferentes como: Manchega, Valdepeñera, Lairén e Forcayat.

 

Possui cachos grandes, compactos e de pedúnculo curto. As bagas são de tamanho médio, uniformes, pele verde amarelada e grossa apresentando bastante pruína.

A produção desta variedade é elevada e a maturação tardia.

É uma uva de variedade neutra, de baixa acidez e pouca presença de aromas e sabores, por isso é muito utilizada para mesclas.

Contudo, os vinhos produzidos com esta cepa são bem originais e interessantes. Apresentam coloração amarelo-palha, são pouco aromáticos, de baixa acidez e boa graduação alcoólica; devem ser consumidos ainda jovens.

Albariño

Uvas da Espanha

A uva Albariño é a mais nobre e renomada variedade branca da Península Ibérica. Pois, origina vinhos de altíssima qualidade.

Originaria da Galícia, região de clima frio e úmido, a Albariño é muito popular amplamente cultivada na Espanha.

Em outros tempos, a variedade era usada basicamente na elaboração de vinhos de corte junto com a Loureiro, Treixadura, Godello, Caiño e Arinto.

Somente em meados dos anos 80 descobriu-se o enorme potencial desta variedade. Foi quando vinhos varietais começaram a ser produzidos com muito sucesso, sendo considerados um dos melhores vinhos brancos da Espanha.

 

Os cachos da uva Albariño são de tamanho médio, os bagos pequenos e de pele grossa o que permite suportar frios rigorosos.

E também, possui um alto teor de açúcar o que pode resultar em vinhos de teor alcoólico acentuado e alta acidez, isso sem perder o equilíbrio.

Origina vinhos de cor amarelo-palha com reflexos esverdeados, marcados por aromas complexos e sabores intensos de frutas como maracujá, lichia, banana, pêssego, limão. Além disso, se fazem presentes no olfato de flor de laranjeira, mel, marmelo e avelã.

A principal característica dos vinhos oriundos desta casta é o frescor e os aromas, marcados pela acidez e bom corpo.

Harmonizam muito bem com pratos de frutos do mar, saladas, aves grelhadas e pratos orientais, devido a elevada acidez e mineralidade que apresentam.

 

Verdejo

Verdejo - Uvas da Espanha

A uva Verdejo é uma variedade de originária do norte da África, de onde foi levada para a Espanha, mais precisamente para Castilla y León.

Adaptou-se muito bem na região vitivinícola de Rueda, considerando o tipo de solo aluvial e de pedra calcária e o clima continental do lugar.

A Verdejo, pode ser cultivada com êxito a vários outros tipos de solos, principalmente os pouco férteis, arenosos e pedregosos.

Na Espanha, a Verdejo pode ser encontrada em varias regiões como: Extremadura, Rioja, Castilla La Mancha, entre outras.

 

A estrutura dos cachos da Verdejo são de tamanho médio e compactos, os frutos apresentam casca de espessura mediana.

Os vinhos elaborados a partir desta casta são de cor esverdeada com reflexos dourados.

Os aromas mais presentes são de frutas: limão, maçã verde e pêssego. E também aromas herbáceos e florais como: funcho, feno e flores brancas, e certa mineralidade.

Além disso são equilibrados e de bom corpo, apresentando um final sutilmente amargo.



Garnacha Blanca

Uva Garnacha Blanca - Espanha

Na costa do Mediterrâneo, mais precisamente na região da Catalunha, foi onde a variedade Garnacha Blanca apareceu.

Ali, ela é cultivada com grande expressividade, muito mais do que em qualquer outra região da Espanha.

Assim, a Garnacha Blanca é autorizada para cultivo nas D.O: Cariñena, Cigales, L’Enpordá Costa Brava, Navarra, Priorat, Somontano, Rioja e Castilla La Mancha.

A Garnacha Blanca possui cachos de tamanho pequeno mediano, compactos e com pedúnculos muito curtos, os grãos são de tamanho médio e a casca fina.

Produz vinhos brancos de coloração amarelo verdeal, aromas de intensidade média, com notas florais, frutadas e herbáceas.

Em boca são leves, ácidos e de persistência média. Além disso, apresentam boa graduação alcoólica e um toque amadeirado, visto que, é comum o uso de barrica de carvalho na fermentação da bebida.

Por outro lado, os vinhos que origina, tem pouca expressão de fruta, embora sofram evolução do caráter oxidativo com bastante agilidade.

A Garnacha Blanca, também é usada para produção de vinhos doces naturais que são consumidos como vinho de sobremesa.

Godello

A uva Godello é originária das encostas do rio Sil, na Galícia, noroeste da Espanha.

A Golello é a principal variedade cultivada nas regiões de Monterrei, Rias Baixas, Ribeira Sacra e Valdeorras, e também é a terceira em cultivo na região do Ribeiro e quinta nas Rias Baixas.

Seus cachos são compactos e pequenos, os grãos se apresentam arredondados e de coloração amarelo-palha. A pele é espessa e a polpa de consistência média.

Os vinhos, oriundos da variedade Godello, possuem coloração amarelo verdeal, aroma floral e de frutas tropicais, apresentando-se com certa complexidade em nariz.

Em boca é seco e elegante, representado pela marcante acidez, o que o torna um vinho gastronômico, fresco e agradável. Além de que, o teor alcoólico é equilibrado, corpo médio, mineralidade presente e ótima persistência em boca.



Treixadura

A Uva Treixadura é uma variedade tradicional e autóctona da Galícia. Mas também, podemos encontrá-la em Portugal, onde é conhecida pelo nome Trajadura.

Além desta, outras variações na nomenclatura podem ser identificadas, nas mais variadas regiões vitivinícolas, como: Trincadeira, Trincadete, Verdelho Rúbio e Verdelho Louro.

A Treixadura apresenta cachos tamanho grande e alargado, os grãos são pequenos, ligeiramente elípticos e pouco uniformes em tamanho e coloração.

Depois da Albariño a variedade Treixadura é a mais cultivada em Rias Baixas, onde na DO Ribeiro ela domina, e está presente em todas as denominações galegas.

Se adapta muito bem a solos graníticos, frescos e bem drenados, o que origina varietais aromáticos e agradáveis.Os vinhos que origina são aromáticos e elegantes, apresentando aromas frutados e florais, com notas balsâmicas. Em boca apresentam acidez equilibrada, o que resulta um agradável frescor.

 

Macabeo

Uva espanhola Macabeo

A uva Macabeo também é conhecida como Viura. Em Rioja, é uma variedade rústica e polivalente, desta forma adapta-se muito bem aos mais variados tipos de solos. Assim é cultivada praticamente em toda a Espanha. 

O cultivo desta variedade destaca-se nas regiões vitivinícolas da Cataluña, Aragon e Rioja, Castilla e Mancha, Valencia e Estremadura.

Os cachos desta variedade são grandes e compactos de pedúnculo curto. Apresenta grãos de tamanho médio, arredondados e casca grossa.

Em regiões quentes, consequentemente, a acidez é reduzida.

 

Os vinhos brancos e espumantes oriundos da uva Macabeo são secos, agradáveis e equilibarados em acidez e açucar. E também predominam os aromas florais e frutados expressando uma intensidade aromática média.

Palomino

Uva da Espanha Palomino

A Uva Palomino é uma variedade muito popular na Espanha, sendo a base para os vinhos Xerex.

A Palomino faz parte comunidade autônoma de Andaluzia, no sudoeste espanhol.

Muito presente na região de Xerez onde corresponde 90% da área total do cultivo de vitis vinifera.

Além do mais, a Palomino, pode ser encontrada em outras regiões espanholas, e também em Portugal onde é conhecida por Malvasia Rei.

É uma variedade de grande produtividade, com ótima compatibilidade com os solos calcários do sul da península ibérica, que corrigem sua baixa acidez.

Possui cachos grandes, compactos e pedúnculo curto. Os grãos são de tamanho médio e pouco uniformes dentro de um mesmo cacho; a casca é fina e sensível, com bastante pruína de coloração verde amarelada; a polpa é suculenta, sem pigmentação e bem frutada.

Como a Uva Palomino é de baixa acidez e sujeita a fácil oxidação torna-se perfeita para a produção de vinhos generosos/ fortificados.

Além do mais, vinhos finos oriundos da Uva Palomino normalmente são tranquilos com uma graduação alcoólica de baixa a média, aromas herbáceos com toque salino.

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Pilares Do Vinho

Os pilares do vinho são elementos básicos que compõe uma taça de vinho podemos chamar de pilares – são eles: açúcar, tanino, acidez e álcool. Esses quatro elementos são os que os especialistas analisam para avaliar a qualidade da bebida.
Os pilares do vinho são elementos básicos que compõe uma taça de vinho podemos chamar de pilares – são eles: açúcar, tanino, acidez e álcool. Esses quatro elementos são os que os especialistas analisam para avaliar a qualidade da bebida.

Pilares do vinho são os elementos básicos e essenciais que o compõe,  e conferem estrutura e consequentemente a qualidade da bebida!

Pilares Do Vinho

Os pilares do vinho são os elementos básicos e essenciais que o compõe, e conferem estrutura e consequentemente a qualidade da bebida . Esses quatro elementos devem estar presentes para que vinho possa envelhecer e evoluir na garrafa. E também, são os fatores que os especialistas analisam para avaliar vinho.

Entretanto, você deve estar se perguntando…como são formados esses elementos essenciais ao vinho?

Então, aqui está a razão para escrever esse artigo, pois é a dúvida de muitos consumidores e/ou enófilos . Mas agora, tudo será esclarecido.

Assim, ao conhecer os pilares do vinho, ficará mais fácil de entender e analisar a estrutura e a complexidade da bebida. 

Em primeiro, lugar devemos entender a importância do terroir, que é um dos maiores influenciadores na qualidade das uvas, o que consequentemente, com a expertise do enólogo será transferida para a bebida.

Pois, a personalidade de um vinho não nasce pura e simplesmente da vinha, e sim das características especificas de onde ela é cultivada, bem como das técnicas utilizadas para o cultivo, colheita, transporte da uvas e por fim a assinatura do enólogo.

Contudo, com o terroir adequado e técnicas de cultivo e produção da bebida  quando bem aplicadas os quatro elementos essenciais ao vinho se fazem presentes, e são traduzidos em estrutura e qualidade.

Vale lembrar; os elementos básicos, que compõe o vinho, devem ter equilíbrio entre si para que o resultado final seja satisfatório.

O conjunto de elementos, açúcar, tanino, acidez e álcool, são que dão estrutura ao vinho, sustentam o equilíbrio que o vinho precisa ter.

Açúcar

Em primeiro lugar, é importante destacar que o açúcar que é produzido pela videira, e fica armazenado nos bagos da uva. Desta forma, mais madura a fruta, mais se concentram os açúcares, o que em consequência disso dá qualidade no mosto. Assim o açúcar fermenta e forma álcool, esse processo químico transfere riqueza e aromas frutados ao vinho.

Na maior parte dos vinhos o açúcar residual é produzido pelo próprio fruto, que pode ser frutose ou glicose. Entretanto, em alguns casos há exceções, como por exemplo, as espumantes. Nesse estilo de vinho é adicionado licor de expedição durante a fermentação, para corrigir o nível de açúcar. 

O açúcar está diretamente ligado ao nível de álcool da bebida, pois, quanto mais açúcar houver na elaboração do vinho mais elevada será a graduação alcoólica da bebida.

Assim sendo, o enólogo é quem define o nível de álcool que se quer para o vinho. E também é o mesmo profissional que, junto com o viticultor,  controlam o momento exato da colheita, levando em conta o estágio de maturação da uva. 

Acidez

A acidez é  que dá vivacidade da fruta em boca, além da sensação de frescor, especialmente nos vinhos brancos. Na degustação percebemos a acidez principalmente na salivação, ou seja, quanto mais a boca salivar maior o nível de acidez no vinho.

Quando a acidez é baixa ou inexiste os vinhos brancos ficam sem graça. Assim como os tintos, que além disso, se apresentam desequilibrados e sem  estrutura para envelhecer.

Contudo, ao degustar um vinho, diferentes tipos de ácidos podemos perceber em boca. Entre eles estão o ácido cítrico, o tartárico, o málico e o lático. A acidez é essencial para perceber e identificar aromas e sabores da bebida.

Por outro lado, a presença de acidez nos vinhos é fundamental para a harmonização, pois a sensação de água na boca abre o apetite e prepara o paladar para receber o alimento.

Tanino

O tanino é uma substância química que atua como defesa natural da videira, assim como de vários outros tipos de plantas.

Esse composto químico tem como função principal afastar insetos e pragas prejudiciais ao desenvolvimento da planta. 

Contudo, o tanino é um extrato vegetal que faz parte do grupo compostos químicos chamado polifenóis.

No caso da videira, o tanino está presente na pele, nas sementes e também no engaço das uvas. Nos vinhos brancos os taninos são raramente percebidos, mas estão presentes. Por outro lado, é o que confere estrutura aos vinhos tintos, o que é fundamental para que amadureçam e permitam  longevidade a bebida, pois age como antioxidante natural.

Álcool

E por fim o álcool, que é o elemento que dá textura e corpo ao vinho em boca. Quando o vinho tem um teor alcoólico elevado  a bebida mais pesada, enquanto que, um exemplar com baixo nível de álcool fica mais leve.

Como por exemplo, um vinho branco alemão com 7% de álcool é leve, enquanto que um tinto Italiano da Puglia com 15% de teor alcoólico é encorpado e preenche todo o paladar. Saiba que, é necessário cerca de 17 gramas de açúcar por litro para que a bebida alcance 1% de álcool.

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Uvas Região Trás-Os-Montes

As Uvas Região Trás-os-Montes são nativas e dão origem a vinhos brancos são suaves e com aromas florais. As uvas tintas geram vinhos frutados e levemente adstringentes.

Uvas Região Trás-Os-Montes

O cultivo de uvas na Região Trá-Os-Montes existe há séculos. Desta forma, está intrinsicamente ligada a fatores culturais e econômicos da comunidade que vive na região.

A região Trás-Os-Montes está situada ao norte do rio Douro, em uma zona de montanha onde o solo é essencialmente granítico. O cultivo de uvas na região existe há séculos. Desta forma, está intrinsicamente ligada a fatores culturais e econômicos da comunidade que vive na região.

Aqui as vinhas precisam de força para fazer suas raízes viajarem por entre o solo característico, se expressando a seguir em vinhos de aromas e sabores peculiares.

As vinhas velhas, por exemplo, revelam a peculiaridade da qualidade, reconhecida, dos vinhos produzidos com as uvas da Região Trás-Os-Montes.

Então agora, convido você a conhecer as principais e mais importantes uvas brancas e tintas produzidas à séculos na região trás-os-montes.

As principais Uvas brancas da região trás-os-Montes

Côdega do Larinho

A uva Côdega do Larinho da  é Nativa do extremo noroeste de Portugal, no entanto foi trazida para o norte e é amplamente cultivada Região Trás-Os-Montes. É de produtividade média, e os cachos são grandes e compactos com bagos medianos arredondados.

uva codega do larinho origina vinhos muito marcados pelo caráter da fruta

Por outro lado, a maturação é média. A cor dos grãos é amarelada, e apresenta casca medianamente espessa, com polpa suculenta e sabor peculiar. 

Além do mais, a baixa acidez e nível de açúcar  mediano, proporciona vinhos equilibrados e de boa estrutura, muito marcados pelo caráter da fruta.

Contudo, os vinhos elaborados a partir da Côdega do Larinho apresentam coloração citrina, e aromas complexos de frutas tropicais e florais. Em boca mostra acidez moderada, e também, apresenta um excelente perfil aromático e persistente.

Fernão Pires

Enquanto isso, a variedade Fernão Pires é uma das uvas brancas mais cultivadas da Região Trás-Os-Montes, bem  como em todo Portugal.

No entanto, é nas regiões do Tejo, Lisboa e Bairrada que assume maior protagonismo. É importante frisar que, na região da Bairrada a Fernão Pires é conhecida pelo nome Maria Gomes 

Os vinho elaborador a partir da uva Fernão Pires tendem a ter aromas cítricos de tangerina, lima, limão e laranjeira, além de ervas aromáticas e rosa.

Entretanto, na Região Trás-Os-Montes, ela é versátil e de elevada produtividade. E também, a maturação é precoce e rica em compostos aromáticos,  o que a torna popular. Contudo, por sua plasticidade, é utilizada tanto para vinhos varietais quanto para vinhos de lote.

Além disso, é  propícia a espumatização e vindima em colheita tardia, para elaboração de vinhos de sobremesa. Como resultado, os vinhos tendem a ter aromas cítricos de tangerina, lima, limão e laranjeira, além de ervas aromáticas e rosa.

Geralmente, os vinhos portugueses são combinações de duas ou mais uvas, e os produzidos com a uva Fernão Pires não são exceção. Por isso, a casta aparece nos rótulos dos exemplares, normalmente, ao lado de outras cepas nativas de Portugal, como a Arinto.

Gouveio

A uva Gouveio tem cachos médios e compactos, que produzem uvas pequenas de cor verde-amarelada e é encontrada em diferentes regiões vinícolas de Portugal.  

Contudo, a Gouveio é naturalmente rica em ácidos, o que consequentemente, proporciona vinhos frescos e vivos, com acidez firme e boa graduação alcoólica.

Além disso,  os vinhos provenientes da uva Gouveio, da Região Trás-Os-Montes, são bem estruturados de bom corpo, com aromas cítricos e frescos. Além da presença de anis e pêssego, .

Como resultado, vinhos apresentam com ótima estrutura e boas condições para ter um envelhecimento tranquilo em garrafa.

Malvasia Fina

Certamente, a uva Malvasia Fina é uma variedade muito antiga. Pois registros demonstram que já era cultivada em Portugal durante o século XVI. E hoje amplamente cultivada na região Trás-Os-Montes.

Malvasia Fina

Contudo, não se sabe bem ao certo quanto a origem da Malvasia Fina, mas acredita-se que pode ter sido a antiga Grécia ou Roma.

A variedade tem cachos com tamanho médio e bagos de coloração verde-amarelada.

Contudo, os vinhos oriundos dessa variedade, pronunciam em nariz e boca, melado, cera de abelha, noz-moscada e uma leve tosta, mesmo que o vinho não tenha passado por barrica. 

É uma casta propícia para vinhos de lote, e por ser de amadurecimento precoce nas regiões com temperatura moderada, também serve como base para espumantes.

 

Ribagato

A uva Ribagato Origina vinhos de acidez vivaz e equilibrados, com boa graduação alcoólica, frescos e estruturados.

A uva Ribagato é uma variedade autóctone do Douro, é cultivada em todo o Douro Superior, assim como na Região Trás-Os-Montes. Comumente é usada em cortes com a Viosinho, Golveio e Verdelho.

Entretanto, nas melhores localizações, poderá ser vinificada como varietal, oferecendo notas aromáticas de acácia e flor de laranjeira, sensações vegetais e surpreendente mineralidade. 

Origina vinhos de acidez vivaz e equilibrados, com boa graduação alcoólica, frescos e estruturados.

Síria

A uva Síria precisa de tempo seco, muito sol e boas diferenças de temperatura entre dia e noite para que se expresse com todo seu potencial. 

os vinhos originários da uva Síria devem ser consumidos jovens, pois tendem a oxidar rapidamente.

E é o que ela encontra na Região de Trás-Os-Montes, que conta com um ambiente continental, nas bordas da fronteira com a Espanha, longe da influencia do Atlântico.

É uma variedade de boa produtividade, apresenta cachos e bagos pequenos. E também destaca-se aromas primários expressivos.

Os vinhos se a apresentam da apresentam com seu potencial de acidez marcante, aromas cítricos da uva Síria. Mas em outros casos destaca-se os aromas frutados como melão com um toque floral.

É importante frisar, que os vinhos originários desta casta devem ser consumidos jovens, pois tendem a oxidar rapidamente.

Viosinho

A variedade Viosinho da Região Trás-Os-Montes tem a pele clara e é de excelente qualidade, de génese transmontana.

A Viosinho apresenta cachos e bagos pequenos, a maturação é precoce, muito sensíveis ao oídio e à podridão, por isso em climas quentes e soalheiros tem sua melhor expressão.

uva viosinho da Região Trás-Os-Montes da origem a vinhos estruturados e potentes, no entanto, pouco frescos e sem vigor. Por isso, é utilizada para cortes, onde é capaz de transferir boa acidez e riqueza aromática, que por vezes lhe parecem faltar.

A uva Viosinho é apropriada para elaboração de vinhos do porto, como também para os vinhos mais tranquilos. porém, é de baixa produtividade, o que talvez explique sua baixa popularidade.

A variedade é pouco aromática. Apesar disso oferece um excelente equilíbrio entre açúcar e acidez, o que proporciona vinhos de boa estrutura, encorpados e ricos em álcool. 

Assim sendo, oferece propriedades com maestria aos vinhos de lote, pois acrescenta, sabores frutados e florais, como os de ameixa, pêssego e cereja.

Os vinhos elaborados com a uva Viosinho são bem estruturados e potentes, no entanto, pouco frescos e sem vigor. Por isso, é utilizada para cortes, onde é capaz de transferir boa acidez e riqueza aromática, que por vezes lhe parecem faltar. 

As principais Uvas Tintas da região Trás-Os-Montes

Bastardo

A principal característica da uva Bastardo é a precocidade. A maturação tem início cerca de 15 dias antes de qualquer outra variedade da região de Trás-Os-Montes. 

Assim, apresenta um alto nível de açúcar residual, o que permite uma elevada graduação alcoólica e baixa acidez nos vinhos.

Também, é importante destacar os aromas dos vinhos oriundos da uva Bastardo, pois são muito característicos, e lembram frutas silvestres.

A Bastardo da Região Trás-Os-Montes, pela sua estrutura, permite que os vinhos envelheçam bem, evoluindo, ganhando aromas complexos e profundos como: fumo, café, erva seca, ameixa passa e tabaco.

Com o passar dos anos é comum surgirem aromas amadeirados, mesmo que estes nunca tenham passado por barrica.

É importante lembrar que podemos encontrar a variedade  Bastardo com outras nomenclaturas. Na França, por exemplo, mais precisamente na região de Jura – Leste francês – entre a Suiça e a Bourgonha, a uva Bastardo é conhecida com Trousseau. Assim como, na Espanha que é conhecida pelo nome Merenzau.

Tinta Roriz

Originária da península Ibérica, a Tinta Roriz é uma das principais uvas tintas da Região Trás-Os-Montes. 

Em outras regiões essa importante variedade pode ser encontrada com outras nomenclaturas, como por exemplo, na região do Alentejo, é conhecida como Aragonez.

A uva Tinta Roriz da Região Trás-Os-Montes dá origem a vinhos bem estruturados, de aromas intensos, que lembram frutas vermelhas.

E também, na Espanha a variedade  da Região Trás-Os-Montes é conhecida por várias outra nomenclaturas.

Como por exemplo: Concibel em Castilla-la-Mancha, Tinto Fino nas regiões de Extremadura, Castilla-la-Mancha, Ribera del Duero.

Parece que em cada região que a encontrar poderá levar um nome peculiar; E segue  Ull de Llebre na Catalunha, Tinta del País em Ribera del Duero, Tinta del Toro na região de Toro e  Araúja na Galiza.

É uma uva cheia de personalidade com potencial para dar origem a vinhos bem estruturados, de aromas intensos, que lembram frutas vermelhas. E mais, bom equilíbrio entre acidez e álcool, complexo e muito agradável ao paladar. Sendo a uva mais indicada para a produção do vinho do porto.

Touriga Nacional

A Touriga Nacional tem no terroir português sua melhor expressão. Assim como, também, na Região Trás-Os-Montes. Então, certamente a  Touriga Nacional é uma das uvas mais apreciadas e elogiadas de Portugal.

Desta forma, está amplamente disseminada por várias regiões vitivinícolas do país.

Sua nobreza tem origem nas terras da região do Dão, porém, há tempos seu cultivo ganhou importância em todo o território português.

A versatilidade da Touriga Nacional da Região Trás-Os-Montes, permite a produção de diversos vinhos, sempre elegantes.

A Touriga Nacional possui pele grossa e é rica em matéria corante a qual transfere aos vinhos. Como resultado, os vinhos apresentam cores intensas e profundas, além do mais, são  ricos em aromas primários.

Ao mesmo tempo,  apresenta aroma floral e frutado, com intensidade e explosão.

A versatilidade da Touriga Nacional da Região Trás-Os-Montes, permite a produção de diversos vinhos, sempre elegantes.

Se destaca o bom teor alcoólico, uma perfeita concentração de cor e aromas complexos, além de taninos finos e intensidade de sabores.

O potencial de guarda dos vinhos produzidos com a Touriga Nacional são excelentes, evoluem com grande desenvoltura em garrafa.

Por outro lado, o estágio em barrica de carvalho, melhora sua estrutura e qualidade aromática. Desta forma, deixa os taninos redondos rapidamente, o que torna os vinhos prontos em pouco tempo.

Touriga Franca

A uva Touriga Franca, da Região Trás-Os-Montes, possui cachos que podem variar entre médios e grandes, os bagos arredondados. 

Originária do cruzamento natural entre a uvas Touriga Nacional e a Marufo (Mourisco Tinto), mas hoje se destaca entre as regiões vitícolas de Portugal.

Assim, a variedade Touriga Franca dá origem a vinhos de cores vibrantes, bem estruturados e elegantes com notas de frutos silvestres e florais, como rosa e esteva.

A Touriga Franca é um dos pilares estruturais dos loteamentos tintos do Douro, e também está entre as cinco uvas recomendadas para produção de vinho do porto.

Assim, a variedade Touriga Franca dá origem a vinhos de cores vibrantes, bem estruturados e elegantes com aromas florais como rosa e esteva e notas de frutos silvestres.

Os taninos são firmes mas aveludados contribuindo para o potencial de  envelhecimento dos blends,  geralmente combinados com a Touriga Nacional e Tinta Roriz.

A Touriga Franca faz parte da elaboração de vinhos renomados, como o Graham’s 90 years old Tawny. “Vinho do Porto” elegante e sofisticado, marcado pelo enorme frescor em boca.

Trincadeira

A  uva Trincadeira é uma cepa de raiz lusitana muito bem adaptada na Região Trás-Os-Montes, bem como no Alentejo, onde é muito presente.

Conhecida também como Trincadeira Preta e Tinta Amarela, ela está presente principalmente nas regiões viníferas de Portugal. 

A uva Trincadeira da Região Trás-Os-Montes origina vinhos com aromas vibrantes de framboesa, temperada com ervas, pimenta, especiarias e complexidade floral, com potencial para um bom envelhecimento.

A variedade apresenta cachos médios e compactos com bagos pequenos e uniformes, bem redondos e de cor negro azulada. 

Contudo, a Trincadeira deve ser colhida no seu estado ideal de maturação, para que se expresse com todo seu potencial. 

Produz vinhos com bom equilíbrio entre acidez e  álcool. Contudo, apresenta aromas vibrantes de framboesa, ervas, pimenta e especiarias, além de complexidade floral.

Além do mais, considerando uma uma boa vinificação, tem estrutura para um bom envelhecimento.

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Região Vinícola Beira Interior

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A Região de Beira Interior Abriga As Serras Mais Altas De Portugal

A Região de Beira Interior está localizada no interior do centro de Portugal, entre os rios Douro e Tejo. Ao Norte é delimitada pela região de Trás-os-Montes e pelas serranias dos vales do Douro e Côa. Enquanto que, do lado Sul está o Alentejo e a Leste faz fronteira com a Espanha.

Entretanto, a região de Beira Interior abriga as serras mais altas de Portugal. E mais importante, é marcada por uma rica e longínqua história cultural, alicerçada na fundação da nacionalidade portuguesa.

Contudo, as uvas produzidas na região são de uma variedade surpreendente.  Entre as uvas brancas, por exemplo, destacam-se as variedades: Síria, Fonte Cal, Malvasia e Arinto se destacam. Enquanto que, as uvas tintas mais cultivadas são: Rufete, Bastardo,  Marufo, Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz.

Como resultado desta combinação os vinhos brancos são exuberantes, aromáticos e muito frescos. Por outro lado, Os vinhos tintos, por sua vez, são de extrema qualidade com presença regular de vinhas muito velhas. Além do mais, apresentarem aromas complexos, e revelam frutas silvestres, especiarias e muito frescor.

O Terroir

Quanto ao terroir, a Região vinícola de Beira Interior, é marcada pela influência continental sobre o clima.  Assim, as temperaturas sofrem variações acentuadas fazendo com que os verões sejam curtos, quentes e secos. E os invernos, por sua vez, prolongados e muito frios.

Por outro lado, o solo é predominantemente granítico, com pequenos trechos de xisto, embora incomuns e algumas extensões arenosas. Os limites naturais, da Região de Beira Interior, são bem vincados, pois as serras mais altas de Portugal moram aqui.

 A Região de Beira Interior é dividida por três sub-regiões: Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira.

Castelo Rodrigo

A sub-região de Castelo Rodrigo está no sopé da serra da Marofa, entre os vales dos rios Côa e Águeda. 

Em meados do séc. XVII os monges Cisper habitaram o convento de Santa Maria de Aguiar. Portanto, foram eles que iniciaram no local o cultivo da vinhas e a produção de vinhos em Castelo Rodrigo.

É louvável a tradição vinícola desta sub-região, pois os vinhos ali produzidos são de alta qualidade. E também o solo sé essencialmente  granítico, com pequenas partes  xistosa. Além disso, a variação pluviométrica anual  varia entre 600 e 700 milímetros.

As vinhas são plantadas a uma altitude de 500 e 700 metros. As uvas brancas predominantes na sub-região de Castelo Rodrigo são: a Síria e a Malvasia Fina. No caso das tintas, a Marufo, a Rufete, a Touriga Franca e a Tinta Roriz são as que predominam.

Pinhel

A sub-região de Pinhel está localizada entre as regiões do Dão e do Douro, e abrange o conselho de Pinhel e, também, parte dos concelhos de Celorico da Beira, Guarda, Meda e Trancoso.

Contudo, a maior parte dos vinhedos da sub-região de Pinhel estão implantadas a uma altitude média que varia entre os 400 e os 600 metros de altitude.

Os solos, por sua vez, são essencialmente graníticos com pequena parte xistosa, e  fertilidade é baixa . Por outro lado, a precipitação pluviométrica anual varia entre 500 e os 700 mm. Além do clima que é extremo, o que faz os invernos serem muito frios e os verões quentes e secos.

Em consequência do terroir, os vinhos brancos produzidos nesta sub-região são acídulos, ou seja, ligeiramente  ácidos. Além dos  dos vinhos tintos que podem ser surpreendentemente longevos.

As castas brancas autorizadas para cultivo, na Sub-região de Pinhel são: Bical, Arinto (Pedernã), Fonte Cal, Malvasia Fina, Malvasia Rei, Rabo de Ovelha, Síria (Roupeiro) e Tamarez. Em razão dessa variedade de uvas os vinhos brancos são marcados por aromas, cheios e persistentes.

Além da variedade de uvas brancas, a Sub-região de Pinhel, também, apresenta as castas tintas autorizadas que são: Bastardo, Marufo, Rufete e Touriga Nacional, Baga, Tinta Carvalha, Pilongo e Trincadeira (Tinta Amarela).

Os vinhos produzidos a partir destas variedades, se mostram vivos e brilhantes, enquanto jovens. Quando estagiados e envelhecidos em carvalho revelam intensidade e equilíbrio, além do mais, um buque que impressiona.

Cova da Beira

A sub-região de Cova da Beira ocupa a bacia hidrográfica do Alto Zêzere, entre as serras da Estrela, Gardunha e Malcata.

Nesta sub-região as vinhas são cultivadas entre os 300 e os 500 metros de altitude, depois disso,  a precipitação média anual varia entre os 600 e 800 mm. Além da essência dos solos que é de origem granítica e com pequena parte xistosa.

Na Cova da Beira as principais castas produzidas são as variedades brancas, Síria, Fonte Cal, Malvasia, Folha de Figueira, Fernão Pires e Arinto. Enquanto que entre as tintas mais representativas estão: Rufete, Mourisco, Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Jaen e  Trincadeira.

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O Vinho e a Rolha

o vinho e as rolhas

Hoje existem, No Mercado, vários materiais disponíveis para vedar as garrafas de vinho. Entretanto, em outros tempos, a cera de abelha e a cortiça eram as alternativas encontradas. A vedação adequada assegura a qualidade da bebida.

O vinho e  a rolha vivem uma relação antiga. Mas antes de falar sobre esse assunto, é importante lembrar   que são várias as etapas que a uva precisa passar até que se transforme em vinho e esteja pronto para ser apreciado.

Imagine o trabalho do viticultor…  Prepara o vinhedo, e esse retribui com a expressão máxima das qualidades e características de cada variedade de uva, as quais lhe são intrínsecas.

Por outro lado, a expertise do enólogo na vinificação é de suma importância. Pois o cuidado com a uva desde a colheita, o transporte e recebimento  na cantina, a prensagem, a fermentação, o armazenamento e o engarrafamento. Essas etapas quando bem geridas contribuem para a qualidade final da bebida.

Contudo, as garrafas de vinho necessitam uma vedação confiável,  para que possam ser armazenadas com segurança.  Desta forma,  a qualidade da bebida será preservada, por um bom tempo.

Hoje existem, no mercado, vários materiais disponíveis para vedar as garrafas de vinho. Entretanto, em outros temos, a cera de abelha e a cortiça eram as alternativas encontradas. A vedação adequada da garrafa assegura a qualidade da bebida. 

Para vedar as garrafas de vinho, o produtor tem disponível alguma formas, que pode ser: a rolha de cortiça, rolha reciclada, rolha sintética, tampa de vidro e a screw cap (tampa de rosca). No entanto, em outros tempos, a cera de abelha e a cortiça eram as alternativas conhecidas.

Entretanto, a vedação adequada que assegura a qualidade da bebida ainda é a rolha de cortiça. Isso se deve ao fato de que a cortiça é porosa, e ao ficar em contato com o liquido, no caso o vinho, ela se expande fechando hermeticamente a boca da garrafa evitando assim que o oxigênio e/ou fungos adentre o recipiente vindo a prejudicar a estabilidade da bebida.

um pouco de história

Então, voltemos um pouco no tempo…

Evidências arqueológicas  de 1.500 a.C, indicam os cananeus como responsáveis por desenvolver a “ânfora”. Recipiente feito de barro, que na época, eram armazenados os vinhos e também outros produtos como azeite, água.

As ânforas, contendo vinho, eram vedadas com cera de abelha e enterradas. E por meses o vinho fermentava, sem que houvesse intervenção humana.

Entretanto, através de escavações arqueológicas feitas na antiga Fenícia, foram encontradas ânforas, com vestígios de vinho vedadas com rolha de cortiça. Também, no mesmo local, mais precisamente em Herculano e Pompéia, peças que faziam uso da mesma técnica de vedação, foram catalogadas .

As ânforas foram usadas durante séculos, como forma de armazenamento, até quase a Idade Média. Mas foi só a partir de meados do ano 1.600 d.C, é que os romanos começaram a fabricar garrafas de vidro mais resistentes.

O uso da rolha de cortiça, como padrão para vedar garrafas,  é atribuído a Don Perignon monge francês que viveu no séc. XVII. Ele, também,  ele é apontado como responsável pela invenção  do vinho espumante.

Desde então, a garrafa e a rolha formam pares inseparáveis, tornando-a o principal instrumento para vedação da garrafa e assim garantir armazenamento seguro do vinho. Como se tivessem nascido um para o outro.

Desta forma, com uma boa vedação, a qualidade do vinho fica preservada, livre de oxidação e/ou contaminação. 

rolha de cortiça protege o vinho

 A rolha de cortiça é um material orgânico e poroso.  Quando entra em contato com o vinho, ela se expande apertando-se contra as paredes do bico da garrafa. Fechando-a hermeticamente. Desta forma, a rolha de cortiça protege o vinho do contato com o oxigênio e da ação de fungos. 

Sabendo isso, vamos falar um pouco sobre o Sobreiro. É ele que nos fornece a cortiça, tão importante para que o vinho tenha uma vida saudável. Além disso, é matéria prima para fabricação de barricas. E mais, seu fruto alimenta as varas de porco preto do Alentejo.

Ao contrário do que muitos consumidores pensam, a cortiça não está em risco de extinção, de forma alguma. Pois o montado de sobro sofre um processo controlado de manejo. Esta prática de extração, contribui para regeneração do Sobreiro. 

Assim, a indústria da cortiça mantém de pé as florestas de sobreiros, que são vitais para as populações que dependem delas. Contudo, portugal tem a maior área mundial de montado de sobro, e estima-se que a cortiça explorável seja capaz de abastecer o mercado pelos próximos 100 anos.

formas alternativas para vedação das garrafas

Hoje existem formas alternativas para vedação das garrafas de vinho. São as rolhas de grão de cortiça, as sintéticas, as tampas de vidro e as screw cap. Estes materiais alternativos dividem espaço com as rolhas de cortiça, e são geralmente usados a fim de reduzir custos.

Diante destas opções disponíveis para vedação das garrafas de vinho, fazemos agora uma análise do uso e os benefícios de cada uma:

A rolha de cortiça é forma mais eficiente para vedar as garrafas de vinhos. Comparado os materiais alternativos. Apesar de que, a rolha de cortiça ter um no custo mais alto, para o produtor. 

Contudo, esse material é  importante para manter a qualidade dos vinhos de guarda. Que precisam envelhecer em garrafa por alguns anos para que evoluam a contento.

Pois, como já foi dito, rolha de cortiça é um material orgânico e poroso. Assim sendo, ela absorve o vinho e se expande, garantindo o fechamento hermético da garrafa. Com os materiais alternativos essa expansão não ocorre. Por isso, não garantem a vedação adequada das garrafas. Deste modo, seu uso fica restrito a vinhos para consumo rápido, e que não necessitam envelhecer.

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Região Do Douro

O rio Douro é muito importante para a região
O rio Douro é muito importante para a região

O Douro É uma das regiões vinícolas mais antigas da Europa, E Famosa pela Produção Do apreciadíssimo vinho do porto

Região Vinícola Do Douro

A Região vinícola do Douro é uma das mais antigas da Europa, e está classificado pela UNESCO como patrimônio cultural da humanidade. Além disso, produz vinhos há mais de 2.000 anos e é famosa pela produção do apreciadíssimo vinho do porto.

Entretanto, somente em 1982 é que a região ganhou  a DOC Douro, o que regulamentou a produção de vinhos brancos e tintos. Apesar da regulamentação tardia a região já havia sido oficializada em 1756, momento que foi definido limites de produção como também cadastrou produtores e identificou parcelas de vinhedos. 

 

A região do Douro está localizada a nordeste de Portugal, onde faz fronteira com a Espanha.  O rio Douro, por sua vez, corta a região, com seus 897 quilômetros de extensão, sendo 213 em território português.

Além disso, a Região do Douro possui 250 mil hectares de área produtiva dos quais 47 mil são dedicados a viticultura.  Por outro lado, das quase 300 variedades de uvas autóctones de Portugal 100 delas são cultivadas na Região do Douro.

O Terroir

A combinação de clima, temperatura e solo que formam o terroir são fatores relevantes que determinam a qualidade das vinhas e consequentemente dos vinhos produzidos na Região do Douro. Assim como é em toda e qualquer região vinífera existente.

Na Região do Douro o clima é ameno, com uma variação de  temperatura média anual  entre 11,8 Cº e 16,5 Cº,  o que é ideal para o cultivo de inúmeras variedades de uvas.

A composição do solo é basicamente xisto, perfeito para o plantio das reputadas castas Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Cão e Tinta Barroca. Os vinhos tintos Douro são encorpados, robustos e com potencial de guarda.

Contudo, as circunstancias do clima seco e o solo xistoso, que absorve e retém o calor, são determinantes para a intensidade dos vinhos.

Os vinhos Tintos, produzidos na Região do Douro, são extremamente encorpados e longevos. Os vinhos jovens do Douro apresentam cor rubi e aromas de frutas vermelhas com notas florais e madeira. Contudo, em boca se mostram aveludados e ricos.

Por outro lado, os vinhos de guarda tem cor profunda, além de complexos e muito aromáticos. Ao evoluir com o passar dos anos ficam mais macios e delicados.

As principais uvas tintas em destaque na Região vinícola do Douro são: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Tinta Roriz e Tinta Cão e Tinta Amarela.

Quando o assunto é vinho branco o prestígio do Douro é irrefutável, pois, produz exemplares espetaculares, tido como os melhores vinhos de Portugal.

Assim os vinhos brancos da Região do Douro são frescos, equilibrados e aromáticos com presença de citrinos. Quando estagiados em madeira revelam coloração dourada, aromas tostados e de frutas tropicais.

Entre as castas brancas que destacam estão: a Golveio, Malvasia Fina, Moscatel, Rabigato e Viosinho.

A Região do Douro possui mais de 250 mil hectares de vinhedos. Contudo, essa importante região vitivinícola, está dividida em três sub-regiões que são: o Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior.

Sub-Regiões Do Douro

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A Região do Douro possui mais de 250 mil hectares de vinhedos. Contudo, essa importante região vitivinícola, está dividida em três sub-regiões que são: o Baixo  Corgo, Cima Corgo e Douro Superior. 

Baixo Corgo

A sub-região do Baixo Corgo está localizada mais a oeste do Douro, e compreende desde Barqueiros até ao rio Corgo.  O Baixo Corgo é a sub-região do Douro com o menor território. Mas apesar disso, quase 30%  da área produtiva é reservada para o cultivo de vinhas.

Contudo, é a que apresenta uma porcentagem maior de vinhas plantadas, em relação as outras duas as demais sub-regiões. São 14.000 hectares de vinhedos, distribuídos entre 16.000 produtores. Assim sendo, os produtores contam com poucos hectares para cada um.

O Baixo Corgo foi o berço da viticultura na região do Douro e hoje conta com uma elevada produção de vinhos do Porto.

 

O Clima

O clima é ameno e a  pluviosidade maior que as demais sub-regiões do Douro.   O clima de influência marítima, permite solos mais férteis e elevada produção.

O Baixo Corgo, sub-região do Douro, produz vinhos do Porto mais jovens. Entretanto, apesar da tradição do vinho do Porto,  o Baixo Corgo, hoje, tem revelado excelente qualidade na produção de vinhos de mesa devido as características climáticas.

Os vinhos são geralmente mais jovens e frescos apresentando igualmente um carácter frutado.

 

As Uvas

A variedade de uvas cultivadas no Baixo Corgo são idênticas nas três sub-regiões. Entre as tintas destacam-se: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Tinta Roriz e Tinta Cão; enquanto que, entre as uvas brancas se destacam a Malvasia fina, gouveio, rabigato e viosinho. 

Cima Corgo

A Sub-região de Cima Corgo apoia-se no Baixo Corgo e estende-se para oeste do Douro até Cachão de Valeira albergando o concelho de Alijó, do distrito de Vila Real; os concelhos de São João de Pesqueira e Tabuaço, pertencentes ao distrito de Viseu; e Vila Nova de Foz Coa, do distrito de Guarda.

As encostas do Cima Corgo apresentam um relevo acidentado e os vales dos rios tornam-se profundos com formações geológicas xistosas. Desta forma, as características apresentadas tornam as condições do solo agrestes e rudes.

 

O Clima

A influência do Mediterrâneo faz o clima ser mais seco, e a precipitação pluviométrica  regular ao longo do ano. No entanto, os meses de julho e agosto são os mais chuvosos, podem  atingir 6.9 mm. A temperatura média anual varia entre 11.8 e 16.5 Cº.

Este conjunto de características, consequentemente influenciam diretamente na produção, tendo uma área vinhateira diminuta, onde a vinha armada em socalcos é a forma de plantio mais usada. Assim, as produções unitárias são pequenas, mas geralmente de alta qualidade, sendo o Cima Corgo o berço dos grandes “Tawnies” e “Vintages”

Douro Superior

Esta sub-região, é banhada pelo Rio Douro e faz parte do chamado Douro Vinhateiro, produz vinho há mais de 2000 anos, entre os quais, o mundialmente célebre vinho do Porto.

A diversidade de estilos de vinhos no Douro Superior é grande. Vinhos de aromas e sabores intensos, opulentos e frescos são característicos daqui.

 

O Clima

Sub-região de clima continental, caracterizado pelo calor do dia e pelo frescor das noites, que deixam a vinha descansar. Certamente, desta forma dão o ponto perfeito da fruta, preservando assim sua acidez. Outra vantagem é que esse clima favorece a adaptação para a viticultura orgânica e biodinâmica. 

O solo é predominante xistoso, no entanto, encontra-se também granito e até mesmo manchas de calcário. Assim, a mistura de solos ajuda a conferir frescor e mineralidade aos vinhos, em particular os brancos.

Entretanto, a sub-região do Douro Superior tem capacidade de surpreender o apreciador com vinhos brancos elegantes, minerais, com baixo nível de álcool e extraordinário frescor. 

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Região Vinícola Trás-Os-Montes

Região vinícola Trás-Os-Montes, Portugal

Os Vinhos Brancos da Região Trás-Os-Montes são diferenciados pela mineralidade e equilíbrio no paladar, marcados pelo frescor e complexidade

A Região Vinícola de Trás-Os-Montes localiza-se ao norte do Douro e a nordeste de Portugal e o cultivo de  vinhas na região tem origem secular. Pois, na península ibérica,  cultiva-se vinhas desde a ocupação dos romanos que ocorreu por volta do ano 218 a.C. E  sem dúvida, desde então  são elaborados vinhos na região. 

A Região é  montanhosa com 350 à 650 metros  acima do nível do mar, por isso se justifica o nome região Trás-Os-Montes

Contudo, os verões são quentes e secos e, por outro lado, os invernos registram temperaturas muito baixas que podem chegar a 0ºC. E também, o solo é pobre em nutrientes, composto por xisto e granito com uma pequena área com manchas calcárias de gneisses e de aluvião.

Sobre tudo, a Região vinícola Trás-Os-Montes é dividida em três sub-regiões: Chaves, Valpaços e planalto Mirandês. Estas sub-regiões se estendem ao longo dos vales dos rios que a atravessam.

Assim, pela sub-região de Chaves, correm os afluentes do rio Tâmega, ali as vinhas estão plantadas nas encostas dos pequenos vales. A sub-região de Valdepaços, por sua vez, localiza-se em região de planalto e é rica em recursos hídricos. E por fim, a região do Planalto Mirandês que está na serra do Mogadouro, é o rio Douro que influencia a viticultura por lá. 

As uvas cultivadas na Região Trás-Os-Montes são autóctones, a exemplo das outras vinhas nativas cultivadas em outras regiões vitivinícolas de Portugal. Assim, os vinhos elaborados a partir destas variedades, são de características peculiares ao país ibérico. 

As Uvas Região Trás-os-Montes são nativas e dão origem a vinhos brancos são suaves e com aromas florais. As uvas tintas geram vinhos frutados e levemente adstringentes.

Então confira, agora, as uvas brancas cultivadas na Região Trás-Os-Montes, que são: Côdega do Larinho, Fernão Pires, Gouveio, Malvasia Fina, Rabigato, Síria e o Viosinho. Estas são as castas fazem dos vinhos ali produzidos serem de notável equilíbrio, aromático, frutados  e florais, em boca uma sutil e correta acidez. Os vinhos brancos produzidos  na Região de Trás-Os-Montes são diferenciados pela mineralidade e equilíbrio no paladar, conferindo-lhes frescor e  complexidade.

Vinhas velhas da região Trás-Os-Montes geram vinhos bem estruturados, aromas frutados e equilibrados em álcool e acidez

E também, as uvas tintas mais cultivadas na região.  As que se destacam são: Bastardo, Marufo, Tinta Roriz, Touriga Nacional, Touriga Franca e Trincadeira.

Consequentemente, os vinhos tintos tem cor intensa, consistentes, aromas frutados e se mostram bem estruturados. Por outro lado, o teor alcoólico dos vinhos geralmente é elevado, mas equilibrados com a acidez, o que torna os  robustos, muito agradáveis e equilibrados.

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Região De Vinho Verde

As principais uvas de Vinho Verde são: Alvarinho, Trajadura
As principais uvas de Vinho Verde são: Alvarinho, Trajadura

Ser A Primeira Região Vinícola demarcada de portugal, é a Mais Absoluta Verdade Sobre O vinho verde!

A região de Vinho Verde está localizada no noroeste do país, sendo a primeira Região Demarcada das 14 regiões vinícolas de Portugal.  O solo é dominantemente granítico, franco arenoso, pouco profundo e com pequenas manchas de xisto.

Os vinhos  produzidos em “Vinho Verde” tem baixo teor alcoólico e alta acidez, mesmo que as uvas estejam  completamente maduras. Deste modo, tem-se a falsa impressão que o vinho foi elaborado com uvas colhidas verdes. Entretanto, a denominação “Vinho Verde” não levou este nome por este fato. Mas sim, porque as uvas da região conterem baixo nível de açúcar e elevada acidez. Mesmo que os frutos estejam completamente maduros.

Existe uma infinidade de vinhos verdes que poder ser brancos, roses, tintos e até mesmo espumantes.

As castas brancas dominantes da região são: Alvarinho, Arinto (designada localmente como Pedernã), Avesso, Azal, Loureiro e Trajadura. Elas dão origem a vinhos especialmente aromáticos, límpidos e refrescantes.

Por outro lado, nas castas tintas sobressaem-se a Borraçal, Brancelho, Espadeiro e Vinhão. Apresentam vinhos gastronômicos de coloração intensa, aromas de frutas silvestres, bem estruturados e equilibrados.

Os vinhos roses variam de uma coloração levemente rosado a um rosa bem carregado. De aromas joviais de frutas vermelhas e sabor persistente, trazem a característica dessa variedade,  além do mais são surpreendentemente frescos ao paladar.

as principais Uvas Brancas da Região

Alvarinho

Originaria do noroeste da península ibérica, esta é uma das castas portuguesas mais apreciadas. É uma casta pouco produtiva, mas vigorosa, exigindo alguma prudência no controle de seu ímpeto vegetal.

Os vinhos elaborados com a uva Alvarinho são frescos, aromáticos, de personalidade, únicos e facilmente identificáveis. Entretanto, quando um produtor cuidadoso usa esta casta na produção de seus vinhos, o resultado é fantástico. Assim, os vinhos expressam aromas florais de frutas brancas de bom corpo e equilibrados.

A harmonização perfeita com os estes vinhos são pratos que levam peixes, frutos do mar, que irão exaltar e calorizar as características únicas e marcantes, dos vinhos elaborados com esta casta. No entanto, podem ser consumidos facilmente sem refeições.

Arinto

Se apresenta com cachos compridos e medianamente encorpados, com bagos médios de cor amarelo esverdeada.

A variedade Arinto é autóctone, sendo uma das castas mais antigas de Portugal, cultivada na maioria das regiões vitícolas portuguesas. Na região de Vinho Verde ela é conhecida como “Pedernã”, caracteriza-se por se uma variedade versátil e de amadurecimento tardio, adaptando-se a diferentes “terroirs”. 

Proporciona vinhos vibrantes e de acidez vivaz, refrescantes e minerais, com elevado potencial de guarda. O aroma é discreto, cítrico, com notas de maçã verde.

É uma casta relativamente discreta, sem aspirações particulares de exuberância, privilegiando os apontamentos de maçã verde, lima e limão. É frequentemente utilizada na produção de vinhos de lote e também de vinho espumante.

Loureiro

Uva Loureiro

Esta variedade está amplamente disseminada na região de Vinho Verde, entretanto, encontra sua plenitude no vale do rio Lima, local que acredita-se ser originária. Talvez, por ser uma casta fértil e produtiva, só recentemente foi reconhecida como nobre.

Em algumas regiões espanholas, a Loureiro é conhecida também como Loureira, proporcionando vinhos brancos excelentes, em Rías Baijas e, muitas vezes, usada em blends com a alvarinho.

Trajadura

O ciclo de desenvolvimento desta variedade Trajadura é longo, de abrolhamento precoce e maturação tardia, no entanto muito produtiva. Formada por cachos de tamanho médio, e composta por bagos de cor verde-amarelados. 

Em oposição as outras variedades de Vinho Verde, a Trajadura é uma casta de acidez moderada e  nível de açúcar mais elevado. Assim, permite um grau alcoólico mais elevado e leve acidez.

A Trajadura é a uva de corte dos vinhos verdes do Minho, tornando os vinhos da região macios e agradáveis. Os lotes associada a Alvarinho, bem como os lotes associados a Trajadura e Arinto cada vez mais ganham popularidade. 

Transfere aos vinhos aromas de pêssego, damasco, pera, maçã e toques de flor de laranjeira.

"Registros Históricos mostram que os vinhos verdes foram os primeiros exemplares portugueses a serem exportados".

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Analise Visual

Aspecto Visual dos Vinhos

as cores dos vinhos nos dão dicas preciosas

Pela Analise Visual Temos dicas preciosas sobre o caráter de um vinho ! Observamos as tonalidades das cores, sua intensidade (claro ou escuro) e brilho ou vivacidade. Geralmente, quanto mais escuro, mais encorpado. Bem como, se bem brilhante, mais ácido e jovem. Por outro lado, quanto mais esmaecido, mais velho e menos ácido. Os brancos com o tempo escurecem, enquanto os tintos ficam mais claros. É importante observarmos que com a idade, a cor de tintos e brancos convergem, encontrando-se n âmbar, quase marrom. Um vinho com mais de 50 anos por exemplo, seria difícil definir se ele foi branco ou tinto.

Observe de preferência sob uma superfície branca e veja se ele está límpido – a opacidade ou cor atijolada pode indicar um defeito no vinho. 

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Legislação Vinícola

Legislação Vinícola é o selo de qualidade do vinho, regulamentada por muitos países principalmente os do Velho Mundo onde a fiscalização é rígida. 

 

A Legislaçã Vinícola francesa foi implementada nos anos 30, sendo a mais extensa, e serviu de modelo para todos os produtores da união europeia. O sistema se baseia na região, ou em locais geográficos distintos e não nas cepas isoladamente, e são responsáveis pelo sabor e caráter de cada vinho. Alguns dos fatores exigidos por determinadas denominações incluem as cepas permitidas, tipos de vinhos, métodos de condução de vinhas, volume de produção, data para a vindima, nível mínimo de álcool, dentre outras especificações.

Siglas Mais usadas

França

AOC (Appellacion d’Origene Contrôlée) – É o nível mais alto, garante que o vinho foi produzido na área designada pelas leis locais.

Vin de Pays (“Vinho Regional”) Vinho rural designado por uma vasta área. As leis não são tão rigorosas como nas AOCs, muitos produtores optam por esta categoria, pelo fato de poderem usar as uvas que proibidas naquela denominação, que, no entanto, eles sabem que podem gerar vinhos de qualidade.

VdT (Vin de Table) – Vinho elaborado com uvas comuns sem muito cuidado com a qualidade, menos controlada. Pode ser produzido em qualquer região da França.

Itália

DOCG (Denominazione di Origine Controllata) – É a classificação mais alta para os vinhos de qualidade. Teoricamente esta denominação

deveria ser para os melhores vinhos, os de qualidade superior, seguido pelos DOCs e depois IGTs, no entanto na prática não é o que se encontra. Em muitos casos as leis não são suficientemente rigorosas e por vários outros fatores. Portanto vários dos melhores vinhos italianos são encontrados nos IGTs ou mesmo nos VdTs.

DOC (Denominazione di Origine Controllata) – Classificação de qualidade equivalente a denominação francesa AOC.

IGT (Indicazione Geográfica Típica) – Esta categoria está no mesmo nível do Vin de Pays francês. Muitos vinhos italianos podem ser rotulados IGT para evitar as duras leis das DOC e DOCG.

VdT (Vino da Tavola) Vinho de mesa, abrange todas as regiões italiana. Considerado de baixa qualidade, porém as vezes pode surpreender:

Espanha

DOP (Denominação de Origem Protegida) – Os vinhos produzidos devem ser de uma

determinada região e com as uvas próprias da região em questão.

Subdivisões dos DOP:

  • VP (Vinhos do Pago) – Pequena categoria reservada aos melhores vinhos de pequenas propriedades com histórico de qualidade. A vinícola deve usar somente uvas dos vinhedos próprios;
  • DOCa (Denominación de Origem Calificada) – Vinhos de alta qualidade, aqueles que conseguiram manter o padrão por pelo menos 10 anos;
  • DO (Denominación de Origem) Indica vinhos elaborados de acordo com as leis locais. Dependendo da região a qualidade pode variar;
  • VCIG (Vinhos de Calidad com Indicación Geográfica) – Vinhos com bom desempenho, em que os vinicultores trabalham para subir de categoria. 
  • IGP (Indicación de Origem Protegida) – Exige que pelo menos 85% das uvas utilizadas sejam da região produtora.

    Subdivisão dos IGP:

    • VdlT (Vinhos de la Tierra) – Nomenclatura tradicional dos vinhos de mesa com características da região de origem
As classificações acima identificadas são a base para todas as outras, encontradas em rótulos dos vinhos de outros países e regiões, do Velho e Novo Mundo.